DEGEO

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21 de ago. de 2011

INFORMES - NOTICIAS - EVENTOS - AÇÕES



Novembro

XIII EGAL 2011 
SINGA 2011 - V Simpósio Internacional de Geografia Agrária
VI Simpósio Nacional de Geografia Agrária
"Questões agrárias na Panamazônia no século XXI: Usos e abusos do território"
Data: 7 a 11 de novembro 2011.
Local: UFPA/Campus do Guamá – Auditório: Centro de Convenções.
Sítio-web: http://singa2011.ufpa.br/
VII Fala Professor 2011 
VII ENCONTRO NACIONAL DE ENSINO DE GEOGRAFIA: FALA PROFESSOR
Data: 11 a 15 de Novembro de 2011
Local: Juiz de Fora/MG
Sítio-web: http://www.agb.org.br/viifalaprofessor/ 
XIII EGAL 2011 
IV COLÓQUIO NACIONAL DO NEER
Data: 16 a 18 de novembro de 2011
Local: UFSM/PPGG, Santa Maria - RS
Sítio-web: http://www.neer.com.br/home/


UGI 2011 
UGI 2011 -Conferencia Geográfica Regional
Data: 14 al 18 de Noviembre
Local: Escuela Militar, Santiago - Chile
Sítio-web: http://www.ugi2011.cl/spain/index.html

Dezembro

 
Colóquio Internacional "Élisée Reclus e a Geografia do Novo Mundo"
Data: 06 a 10 de dezembro
Local: Universidade de São Paulo

13 de ago. de 2011

A PARTICIPAÇÃO DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO NO BRASIL


Aran kelson ramos machado*
João Paulo Alves*

                   A vida profissional compartilhada com as mulheres tem se revelado mais ativa, mais colorida e mais interessante. Esse intercâmbio de conhecimentos e sensibilidades tem se mostrado proveitoso para ambas as partes. Troca-se razão por criatividade, matemática por poesia, disciplina por afetividade. E vice-versa. Reafirmo a necessidade de aprendizado permanente e as mulheres são boas professoras por natureza. Enfim, diria que não importa o sexo ou a opção sexual. Quem aspira a uma carreira de sucesso tem que assumir, de agora em diante, um perfil mais feminino. E este conselho vale também para as mulheres que ainda não descobriram suas próprias virtudes (JULIO, 2002, p. 136).

 

 

 1. INTRODUÇÃO


Este artigo trata sobre a evolução da mulher no mercado de trabalho. As convenções do início do século, ditavam que o marido era o provedor do lar. A mulher não precisava e não deveria ganhar dinheiro. As que ficavam viúvas, ou eram de uma elite empobrecida, e precisavam se virar para se sustentar e aos filhos, faziam doces por encomendas, arranjo de flores, bordados e crivos, davam aulas de piano etc. Mas além de pouco valorizadas, essas atividades eram mal vistas pela sociedade. Mesmo assim algumas conseguiram transpor as barreiras do papel de ser apenas esposa, mãe e dona do lar, ficou, para trás a partir da década de 70 quando as mulheres foram conquistando um espaço maior no mercado de trabalho.
O mundo anda apostando em valores femininos, como a capacidade de trabalho em equipe contra o antigo individualismo, a persuasão em oposição ao autoritarismo, a cooperação no lugar da competição.
As mulheres ocupam postos nos tribunais superiores, nos ministérios, no topo de grandes empresas, em organizações de pesquisa de tecnologia de ponta. Pilotam jatos, comandam tropas, perfuram poços de petróleo. Não há um único gueto masculino que ainda não tenha sido invadido pelas mulheres.Não há duvidas que nos últimos anos a mulher esta cada vez mais no mercado de trabalho. Esse fenômeno mundial tem ocorrido tanto em países desenvolvidos como  em desenvolvimento, o Brasil não é exceção. È importante, no entanto, ressaltarmos que a inserção da mulher no mundo do trabalho vem sendo acompanhada, ao longo desses anos, por elevado grau de discriminação, não só no que tange a qualidade nas ocupações que tem sido tanto no setor formal como no informal do mercado de trabalho, mas principalmente no que se refere á desigualdade salarial entre homens e mulheres.

Desenvolvimento

O mundo moderno apresenta hoje novos desafios para a construção da eqüidade de gênero, que emergem no momento em que as sociedades parecem dirigir-se justamente na direção contrária, aprofundando desigualdades sociais.
De acordo com o Artigo 113, inciso 1 da Constituição Federal, “todos são iguais perante a lei”. Mas será que a realidade é essa mesma? Desde o século XVII, quando o movimento feminista começou a adquirir características de ação política, as mulheres vem tentando realmente colocar em prática essa lei.
Isso começou de fato com as I e II Guerras Mundiais (1914 – 1918 e 1939 – 1945, respectivamente), quando os homens iam para as frentes de batalha e as mulheres passavam a assumir os negócios da família e a posição dos homens no mercado de trabalho.
Desde então, algumas leis passaram a beneficiar as mulheres. Ficou estabelecido na Constituição de 32 que “sem distinção de sexo, a todo trabalho de igual valor correspondente salário igual; veda-se o trabalho feminino das 22 horas às 5 da manhã; é proibido o trabalho da mulher grávida durante o período de quatro semanas antes do parto e quatro semanas depois; é proibido despedir mulher grávida pelo simples fato da gravidez”.
Mesmo com essa conquista, algumas formas de exploração perduraram durante muito tempo. Jornadas entre 14 e 18 horas e diferenças salariais acentuadas eram comuns. A justificativa desse ato estava centrada no fato de o homem trabalhar e sustentar a mulher. Desse modo, não havia necessidade de a mulher ganhar um salário equivalente ou superior ao do homem.
A presença feminina continua concentrada nos setores tradicionalmente ocupados pelas mulheres: o maior contingente, 29,8% ou cerca de 8 milhões, está na prestação de serviços. Outros 6 milhões de mulheres trabalhavam na agricultura, 4,5 milhões nas atividades sociais e cerca de 3,5 milhões no comércio, segundo o IBGE. As atividades industriais ocupavam 2,5 milhões de mulheres.
Segundo uma pesquisa recente feita pelo Grupo Catho, empresa de recrutamento e seleção de executivos, as mulheres conquistam cargos de direção mais cedo. Tornam-se diretoras, em média, aos 36 anos de idade. Os homens chegam lá depois dos 40. No entanto, essas executivas ganham, em média, 22,8% menos que seus competidores de colarinho e gravata.

Conclusão

Hoje o perfil das mulheres é muito diferente daquele do começo do século. Além de trabalhar e ocupar cargos de responsabilidade assim como os homens, ela aglutina as tarefas tradicionais: ser mãe, esposa e dona de casa.
Trabalhar fora de casa é uma conquista relativamente recente das mulheres. Ganhar seu próprio dinheiro, ser independente e ainda ter sua competência reconhecida é motivo de orgulho para todas. Pelo menos, elas já provaram que além de ótimas cozinheiras, podem também ser boas motoristas, mecânicas, engenheiras, advogadas e sem ficar atrás de nenhum homem. Já está mais do que provado que as mulheres são perfeitamente capazes de cuidar de si, de conquistar aquilo que desejam e de provocar mudanças profundas no curso da história.
Em contrapartida, o século 20 mostrou a chamada inversão de papéis, Ou seja, as mulheres conquistando maior destaque no competitivo mundo dos negócios e os homens, por sua vez, assumindo a manutenção do lar e o cuidado com as crianças. Mas se as mulheres desejarem sair vencedoras nesta empreitada, terão de dominar as regras que eles criaram. Atualmente, os líderes ainda são os homens. São eles que mandam e detêm a vantagem no jogo. A própria estrutura social deu margem a esta tal divisão de trabalho. A regra é clara: homens são os que mandam e mulheres, as subordinadas.
 Pois bem vimos ate aqui que as mulheres conseguiram seu espaço no mercado de trabalho mesmo sofrendo descriminação e preconceitos continuam batalhando para ganhar o devido reconhecimento e remuneração compatível a dos homens.

REFERÊNCIAS


FALCÃO, Juliana. Elas realmente não fogem à luta. http://www.google.com.br. Acesso em: 18 de julho de 2011.
JÚLIO, Carlos Alberto. Reinventando você: a dinâmica dos profissionais e a nova organização. Rio de Janeiro: Campus, 2002.
A revisão do IBGE . o furo que ninguém deu

Graduandos do Curso de Geografia do IV – Semestre
Disciplina – Geografia da População
Professor – João Ludgero Sobreira Neto

11 de ago. de 2011

O PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA E O PODER DE COMPRA DA POPULAÇÃO CARENTE DA CIDADE DE JARDIM - CE


Alberto Amaro Filgueira*
Natalia de Oliveira Ferreira  *


Introdução


O bolsa família é um projeto que visa a melhoria nas condições de vida da população carente, por meio da transferência direta de renda as famílias, assegurando o acesso à alimentação, educação e saúde, com condicionalidades que garantem a permanência de crianças na escola, acompanhamento medico e assistência social.
De acordo com o ministério do desenvolvimento social  e combate à fome, o dinheiro do programa deve ser destinado para a compra de alimentos ou para qualquer outra despesa, como remédio, material escolar , importantes para o desenvolvimento da família.
Segundo o ministério do desenvolvimento social e combate à fome ele ainda informa que alem desses benefícios as famílias inscritas no programa bolsa família dispõem de outras garantias do governo federal, tais como: tarifa social de energia elétrica, cursos de alfabetização de educação de jovens e adultos e de qualificação profissional; ações de geração de trabalho e renda e melhorias das condições de moradia alem de isenção de taxas de concurso publico federal.
O que percebemos, então que o programa bolsa família foi criado para as pessoas de baixa renda para atender as suas necessidades básicas, promovendo a permanência de crianças e jovens na escola e assistência como: pré-natal, vacinação, assistência do CRAS e do CREAS, a participação de programas como PETI e viabiliza também o auxilio financeiro aos participantes.
Portanto o programa teoricamente é um programa ideal para o alivio momentâneo da miséria, por atender, principalmente as famílias mais pobres, mais deixa a desejar por integrar também uma parcela considerável que se encontra acima dos critérios do programa, sendo que deveria atender as famílias carentes que não participam do programa.
A melhoria de vida das pessoas carentes do município de jardim atendidas pelo o programa bolsa família
De acordo com os dados fornecidos pela secretaria de assistência social do município de jardim, a cidade conta com 7000familias cadastradas no programa, sendo que em media atende a 65% da população municipal. O programa vem melhorando o poder de compra das pessoas mais carentes, podendo adquirir bens alimentícios e outras utilidades básicas que não lhe eram possíveis.
A parti da implementação no município dos programas federais, percebemos um desenvolvimento significativo no comercio local nas moradias, na educação, expectativa e qualidade de vida. Proporcionou acesso a eletrodomésticos, a bens de consumo alem de assistência dada pelo CRAS e CREAS. Foi possível também a participação em programas como o PETI que é um programa que integra o sistema único de assistência social (SUAS) e tem como objetivo retirar crianças e adolescentes de ate 16 anos do trabalho infantil. Fazendo com que as crianças do município participem de atividades como: cultura, esporte, artes dentre outras.
Portanto, o programa bolsa família pode ser analisado por vários estudiosos como ineficaz, mais a nível de um município como jardim, trouxe inúmeros ganhos para a comunidade, já que os mesmos anteriormente a implementação do programa não tinham oportunidades de geração de renda, a não ser pela agricultura e pecuária onde as mesmas eram inviáveis para uma grande parcela da população que com o programa pode vir a ter acesso aos bens básicos que não lhe eram garantidas.
Conclusão  
A pesquisa desenvolvida se propôs a demonstrar como se deu a implementação do programa do governo federal, o bolsa família no município de jardim ceara, sendo que o mesmo ate então não oferecia a comunidade carente bens básicos como: alimentação, saúde e educação, benefícios esses adquiridos com a implantação do projeto.
 Constatamos a imensa contribuição que esses programas governamentais oferecem para a população mais carente, as famílias que recebem este beneficio melhoraram de vida consideravelmente, tornando o seu poder de compra mais forte, desenvolvendo a economia local.

Referencias bibliográficas

Anuário – 2006 do Estado do Ceara,
Agenda da família – Ministério do desenvolvimento Social e Combate a Fome,
Secretaria de Assistência Social de Jardim – Ceara,
Sites:
IBGE
HTTP://www.cartamaior.com.br/templates/postmostrar.cfm

Graduandos do Curso de Geografia do IV – Semestre
Disciplina – Geografia da População
Professor – João Ludgero Sobreira Neto

9 de ago. de 2011

ARTIGOS PRODUZIDOS PELOS ALUNOS DO CURSO DE GEOGRAFIA

ESTRUTURA DO ARTIGO ACADÊMICO

Além das questões de estilo, um artigo também deve seguir uma estrutura pré-definida, que é a que segue:
·  Título, que deve estar estritamente relacionado ao conteúdo e permitir ao leitor ter uma ideia geral sobre o que trata o texto.
·  Resumo, que costuma ser de 4 a 6 linhas, destacando objetivos, métodos e conclusões. Em alguns casos, é preciso o resumo em inglês (Abstract) ou espanhol.
· Palavras-chave, geralmente 3 palavras que definam a abrangência do tema tratado no texto. Em alguns casos, também é preciso a versão em inglês (Keywords) ou espanhol.
· Corpo do artigo, dividido em introdução, desenvolvimento e conclusão (mas não se usam títulos para isso).
· Referências bibliográficas, em ordem alfabética e conforme as normas da ABNT.

Saudações Geográficas!
João Ludgero

A PARTICIPAÇÃO DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO NO BRASIL


Aran kelson ramos machado*
João Paulo Alves*


Na empresa do conhecimento, a mulher terá cada vez mais importância estratégica, pois trabalha naturalmente com a diversidade e processos multifuncionais. A
Sensibilidade feminina, por exemplo, permite a constituição de equipes de trabalho marcadas pela diferença e pela heterogeneidade. E isso é bom? Certamente que sim. Equipes desse tipo, quando atuam de forma sinérgica, fazem emergir soluções variadas e criativas para problemas aparentemente insolúveis. A empresa que aposta na singularidade de seus interlocutores internos se torna mais inteligente, mais capaz e mais ágil.

                   A vida profissional compartilhada com as mulheres tem se revelado mais ativa, mais colorida e mais interessante. Esse intercâmbio de conhecimentos e sensibilidades tem se mostrado proveitoso para ambas as partes. Troca-se razão por criatividade, matemática por poesia, disciplina por afetividade. E vice-versa. Reafirmo a necessidade de aprendizado permanente e as mulheres são boas professoras por natureza. Enfim, diria que não importa o sexo ou a opção sexual. Quem aspira a uma carreira de sucesso tem que assumir, de agora em diante, um perfil mais feminino. E este conselho vale também para as mulheres que ainda não descobriram suas próprias virtudes (JULIO, 2002, p. 136).

 

  INTRODUÇÃO


Este artigo trata sobre a evolução da mulher no mercado de trabalho. As convenções do início do século, ditavam que o marido era o provedor do lar. A mulher não precisava e não deveria ganhar dinheiro. As que ficavam viúvas, ou eram de uma elite empobrecida, e precisavam se virar para se sustentar e aos filhos, faziam doces por encomendas, arranjo de flores, bordados e crivos, davam aulas de piano etc. Mas além de pouco valorizadas, essas atividades eram mal vistas pela sociedade. Mesmo assim algumas conseguiram transpor as barreiras do papel de ser apenas esposa, mãe e dona do lar, ficou, para trás a partir da década de 70 quando as mulheres foram conquistando um espaço maior no mercado de trabalho.
O mundo anda apostando em valores femininos, como a capacidade de trabalho em equipe contra o antigo individualismo, a persuasão em oposição ao autoritarismo, a cooperação no lugar da competição.
As mulheres ocupam postos nos tribunais superiores, nos ministérios, no topo de grandes empresas, em organizações de pesquisa de tecnologia de ponta. Pilotam jatos, comandam tropas, perfuram poços de petróleo. Não há um único gueto masculino que ainda não tenha sido invadido pelas mulheres.Não há duvidas que nos últimos anos a mulher esta cada vez mais no mercado de trabalho. Esse fenômeno mundial tem ocorrido tanto em países desenvolvidos como  em desenvolvimento, o Brasil não é exceção. È importante, no entanto, ressaltarmos que a inserção da mulher no mundo do trabalho vem sendo acompanhada, ao longo desses anos, por elevado grau de discriminação, não só no que tange a qualidade nas ocupações que tem sido tanto no setor formal como no informal do mercado de trabalho, mas principalmente no que se refere á desigualdade salarial entre homens e mulheres.


DESENVOLVIMENTO

     O mundo moderno apresenta hoje novos desafios para a construção da eqüidade de gênero, que emergem no momento em que as sociedades parecem dirigir-se justamente na direção contrária, aprofundando desigualdades sociais.
De acordo com o Artigo 113, inciso 1 da Constituição Federal, “todos são iguais perante a lei”. Mas será que a realidade é essa mesma? Desde o século XVII, quando o movimento feminista começou a adquirir características de ação política, as mulheres vem tentando realmente colocar em prática essa lei.
Isso começou de fato com as I e II Guerras Mundiais (1914 – 1918 e 1939 – 1945, respectivamente), quando os homens iam para as frentes de batalha e as mulheres passavam a assumir os negócios da família e a posição dos homens no mercado de trabalho.
Desde então, algumas leis passaram a beneficiar as mulheres. Ficou estabelecido na Constituição de 32 que “sem distinção de sexo, a todo trabalho de igual valor correspondente salário igual; veda-se o trabalho feminino das 22 horas às 5 da manhã; é proibido o trabalho da mulher grávida durante o período de quatro semanas antes do parto e quatro semanas depois; é proibido despedir mulher grávida pelo simples fato da gravidez”.
Mesmo com essa conquista, algumas formas de exploração perduraram durante muito tempo. Jornadas entre 14 e 18 horas e diferenças salariais acentuadas eram comuns. A justificativa desse ato estava centrada no fato de o homem trabalhar e sustentar a mulher. Desse modo, não havia necessidade de a mulher ganhar um salário equivalente ou superior ao do homem.
A presença feminina continua concentrada nos setores tradicionalmente ocupados pelas mulheres: o maior contingente, 29,8% ou cerca de 8 milhões, está na prestação de serviços. Outros 6 milhões de mulheres trabalhavam na agricultura, 4,5 milhões nas atividades sociais e cerca de 3,5 milhões no comércio, segundo o IBGE. As atividades industriais ocupavam 2,5 milhões de mulheres.
Segundo uma pesquisa recente feita pelo Grupo Catho, empresa de recrutamento e seleção de executivos, as mulheres conquistam cargos de direção mais cedo. Tornam-se diretoras, em média, aos 36 anos de idade. Os homens chegam lá depois dos 40. No entanto, essas executivas ganham, em média, 22,8% menos que seus competidores de colarinho e gravata.

CONCLUSÃO

Hoje o perfil das mulheres é muito diferente daquele do começo do século. Além de trabalhar e ocupar cargos de responsabilidade assim como os homens, ela aglutina as tarefas tradicionais: ser mãe, esposa e dona de casa.
Trabalhar fora de casa é uma conquista relativamente recente das mulheres. Ganhar seu próprio dinheiro, ser independente e ainda ter sua competência reconhecida é motivo de orgulho para todas. Pelo menos, elas já provaram que além de ótimas cozinheiras, podem também ser boas motoristas, mecânicas, engenheiras, advogadas e sem ficar atrás de nenhum homem. Já está mais do que provado que as mulheres são perfeitamente capazes de cuidar de si, de conquistar aquilo que desejam e de provocar mudanças profundas no curso da história.
Em contrapartida, o século 20 mostrou a chamada inversão de papéis, Ou seja, as mulheres conquistando maior destaque no competitivo mundo dos negócios e os homens, por sua vez, assumindo a manutenção do lar e o cuidado com as crianças. Mas se as mulheres desejarem sair vencedoras nesta empreitada, terão de dominar as regras que eles criaram. Atualmente, os líderes ainda são os homens. São eles que mandam e detêm a vantagem no jogo. A própria estrutura social deu margem a esta tal divisão de trabalho. A regra é clara: homens são os que mandam e mulheres, as subordinadas.
 Pois bem vimos ate aqui que as mulheres conseguiram seu espaço no mercado de trabalho mesmo sofrendo descriminação e preconceitos continuam batalhando para ganhar o devido reconhecimento e remuneração compatível a dos homens.

REFERÊNCIAS


FALCÃO, Juliana. Elas realmente não fogem à luta. http://www.google.com.br. Acesso em: 18 de julho de 2011.
JÚLIO, Carlos Alberto. Reinventando você: a dinâmica dos profissionais e a nova organização. Rio de Janeiro: Campus, 2002.
A revisão do IBGE . o furo que ninguém deu

Graduandos do Curso de Geografia do IV – Semestre
Disciplina – Geografia da População
Professor – João Ludgero Sobreira Neto

8 de ago. de 2011

SERÁ QUE O CRATINHO REALMENTE É DE AÇÚCAR?


Josivaldo D. Dantas*
Rafael Macedo Santos*

“Não existe uma definição consensual ou incontroversa de violência. O termo é potente demais para que isso seja possível”.
Anthony Asblaster - Dicionário do Pensamento Social do Século XX

INTRODUÇÃO


O que é violência? Segundo o Dicionário Houaiss, violência é a “ação ou efeito de violentar, de empregar força física (contra alguém ou algo) ou intimidação moral contra (alguém); ato violento, crueldade, força”. No aspecto jurídico, o mesmo dicionário define o termo como o “constrangimento físico ou moral exercido sobre alguém, para obrigá-lo a submeter-se à vontade de outrem; coação”.
Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) define violência como “a imposição de um grau significativo de dor e sofrimento evitáveis”. Mas os especialistas afirmam que o conceito é muito mais amplo e ambíguo do que essa mera constatação de que a violência é a imposição de dor, a agressão cometida por uma pessoa contra outra; mesmo porque a dor é um conceito muito difícil de ser definido.
Hoje, no Brasil, a violência, que antes estava presente nas grandes cidades, espalha-se para cidades menores, à medida que o crime organizado procura novos espaços. Além das dificuldades das instituições de segurança pública em conter o processo de interiorização da violência, a degradação urbana contribui decisivamente para ele, já que a pobreza, a desigualdade social, o baixo acesso popular à justiça não são mais problemas exclusivos das grandes metrópoles. Na última década, a violência tem estado presente em nosso dia-a-dia, no noticiário e em conversas com amigos. Todos conhecem alguém que sofreu algum tipo de violência. Há diferenças na visão das causas e de como superá-las, mas a maioria dos especialistas no assunto afirma que a violência urbana é algo evitável, desde que políticas de segurança pública e social sejam colocadas em ação. É preciso atuar de maneira eficaz tanto em suas causas primárias quanto em seus efeitos. É preciso aliar políticas sociais que reduzam a vulnerabilidade dos moradores das periferias, sobretudo dos jovens, à repressão ao crime organizado. Uma tarefa que não é só do Poder Público, mas de toda a sociedade civil.
 A violência sempre foi um dos problemas mais debatidos em todo o mundo, muitas vezes pela maneira trágica de se resolver determinados assuntos ou situação que caberiam um pouco mais de dialogo para que fossem solucionados. Outro fato é que a mídia sempre esta presente na tentativa de mostrar os acontecimentos violentos, mas que nunca ninguém teve a preocupação de se busca e mostrar por que tais atos violentos acontecem.
         Neste sentido o que podemos destacar é que segundo guerreiro, 1997 apud João Yunes, este termo é utilizado com o intuito de significar uma grande variedade de situações, motivo este que acaba gerando muitas controvérsias e confusões. 


“Pode-se classificar segundo a pessoa  que a sofre, ou Seja, violência contra a criança, a mulher ou o idoso e Conforme a natureza da agressão: física, psicológica e Sexual, dentre outros. “
(Guerreiro, 1997 apud João Yunes)

Nesta perspectiva o que se pode ressaltar é que há várias divisões que giram em torno da palavra violência, mas que a mesma pode se manifestar em diferentes classes sociais dependendo do motivo, seja político, social, dentre outros e também dependendo da ocorrência: em ambiente domestico ou no trabalho e as mais comumente apresentadas diariamente nos noticiários chamados de interpessoal cotidiano ao qual estão inseridos os homicídios e outros acontecimentos de caráter violento. Dessa forma os atos violentos não estão restritos apenas a países Semi periféricos ou Periféricos, mas também nos países do Centro, não estão restritos apenas aos pobres, mas também aos ricos, justamente porque formam a classe que detém a maior parte da renda gerando enormes insatisfações pelos os mais pobres devido às desigualdades ao qual estão submetidos.
Por se tratar de fenômeno histórico, para que possamos entender é necessário primeiro buscar aquilo que gerou buscar a essência, ou seja, as diferentes causalidades (políticas, econômicas, culturais, religiosas, étnicas, de sexo, etárias e outras) e também sua distribuição de acordo com os grupos populares mais afetados (adolescentes e jovens) que fazem com que ocorra a grande incidência de atos violentos, que na sua grande maioria estão interligados a fatores que causam insatisfação, falta de perspectiva, descrença na melhoria de vida por parte da população e consequentemente o fato que ocorre hoje, a falta de credibilidade na justiça e na ação policial que faz com que aumente o desejo de se fazer justiça com as próprias mãos.
É justamente na tentativa de identificar a legitimidade de certos fatos que influenciam nos acontecimentos violentos que ocorre de maneira desordenada, que estará centrado o nosso trabalho, isto é, iremos tentar fazer um diagnostico, não de todos os fatores violentos, mas de algumas ocorrências deste caráter na cidade de Crato-ce. Cidade esta que o numero de mortalidade por atos de violência, tanto no ambiente domestico, quanto interpessoal cotidiano, ao qual estão inseridos aqui também os homicídios, vem aumentando nos últimos anos de maneira assustadora.   

VIOLENCIA DOMESTICA CONTRA MULHER E VIOLENCIA INTERPESSOAL COTIDIANA

Dentre vários outros problemas relacionados com a violência na cidade de Crato, devido a tantos e tantos fatores que influenciam para o seu crescimento como, por exemplo, a questão das drogas, ao qual anda de “mãos dadas” uma com a outra, fazendo com que os acontecimentos de caráter violento venham a ocorrer com maior frequência e maior gravidade de modo que os distritos policiais estejam sempre sendo solicitado para atender as ocorrências, o que acaba sobrecarregando o sistema policial da cidade.
É evidente que a violência exige um caráter bem mais complexo devido aos inúmeros acontecimentos que de alguma forma passam a serem atos violentos que tenta contra a vida de alguém, mas iremos aqui neste trabalho nos deter apenas a dois tipos: o primeiro corresponde à violência contra a mulher, que se encaixa na categoria da violência domestica que nos últimos anos não só no Crato mais também no Cariri em geral esteve bastante presente nos noticiários policiais; o segundo do qual nossa pesquisa irá se deter com maior ênfase diz respeito a outra categoria - a interpessoal cotidiana - ao qual faz parte os homicídios e que corresponde aquela que mais preocupa a segurança publica devido ao fácil acesso as armas, as drogas e também a que se refere ao uso ou à ameaça do uso também da força física com intenção de causar lesão, sendo esta que por existirem dados  relativamente confiáveis, suas taxas frequentemente são utilizados como indicadores da violência.

VIOLÊNCIA CONTRA MULHER NA CIDADE DE CRATO – CE

Nos últimos anos, estes que antecedem a criação da delegacia da mulher e da lei Maria da Penha, podemos presenciar como acontecimentos que marcaram a historia do cariri cearense no sentido de violência contra a mulher os mais variados assassinatos praticados na região de maneira brutal onde persistia a impunidade. Geralmente tratava-se de casos de queima de arquivo, ou seja, seriam mulheres que teriam contato direto ou indiretamente com as facções criminosas que agiam no cariri e principalmente no Crato sob a liderança de Sergio Rolim, dentre outros que também participavam desse tipo de organização do crime.
Essa vulnerabilidade acaba por repercutir num quadro em que as mulheres envolvidas com esses criminosos, de certa forma poderiam servir para dar informações que pudessem interessar às investigações policiais e quando os integrantes do chamado “escritório do crime” percebiam, tratavam logo de eliminar as testemunhas. Nesta perspectiva foram contabilizadas 108 assassinatos de mulheres nos últimos anos, com o traço de crueldade, mutilação física e a inquietante impunidade que seguiam os julgamentos.
Em 2001, foram 17 mulheres mortas, em 2002, 23, em 2004, 18 mortes, em 2005, 19 e em 2006, 18, no total de 108 crimes segundo o Jornal do cariri, todos de forma violenta como pode ser mais bem exemplificado no gráfico abaixo as suas respectivas oscilações:



Foi então diante desse quadro critico de violência contra a mulher que em 2006 foi aprovada em âmbito nacional a Lei Maria da Penha, tendo importante papel para então fortalecer o combate a impunidade atuando também na prevenção de acontecimentos mais graves dando total assistência tanto psicológica quanto policial.
Durante o desenvolvimento dessa pesquisa o que a gente pode perceber é que mesmo com a implantação de projetos como a delegacia da mulher como também a criação da lei Maria da penha, o índice de violência contra a mulher, principalmente agressões físicas, ainda permanecem muito alto, de tal forma que todos os dias são registrados ocorrências e na maioria das vezes, as vítimas são jovens com idade entre 17 e 25 anos. Segundo a senhora Fernanda Gomes, delegada da mulher em Crato, o registro do numero de ocorrências nestes casos é muito grande, em seu discurso ela destaca que é um problema que está presente em varias camadas da população seja ela pertencente a uma classe alta ou mesmo a classe baixa, sendo esta ultima a responsável pela maioria dos registros, já que as pessoas consideradas da classe alta preferem não procurar esse tipo de proteção simplesmente por se sentirem constrangidas perante os familiares e a sociedade. Ela ainda aponta os fatores machismo, ciúme, droga, alcoolismo, e o desemprego como os principais causadores de todas essas agressões contra a mulher. Para fins de melhor compreensão veja na tabela abaixo as principais movimentações feitas pela Delegacia de Defesa da Mulher de Crato – DDF, só nestes últimos seis meses de 2011:

RELATÓRIO DA ESTATÍSTICA DA DDM DE CRATO/CE EM 2011

ATIVIDADE
MÊS

01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
TOTAL
Boletim de Ocorrência
73
52
61
63
76
85






410
Flagrante Lavrado
2
2
1
3
1
4






13
Guia de exame I.M.L
21
17
18
16
22
30






124
Inquérito por Portaria
11
17
13
17
17
32






107
Inquérito em Andamento
4
6
6
7
4
8






35
Inquérito remetido à Justiça
13
20
19
22
24
31






129
Inquérito de outra delegacia
1
3
3
2
4
3






16
Inquérito remetido após diligências
2
3
0
0
0
1






6
Intimação

16
20
24
25
24
32






141
Ordem de missão policial
4
3
8
1
2
4






22
*T.C.Os Instaurados

2
2
3
1
3
3






14
*T.C.Os remetidos
2
6
3
5
7
1






24
*T.C.Os em Andamento
0
0
1
2
0
5






8
B. Os arquivados por desinteresse
31
20
19
11
44
30






155
B. Os  sem representação
21
9
21
12
21
18






102
B.O. em  andamento
56
42
69
64
68
69






368
Medidas Protetivas
5
15
8
9
22
19






78
*Tipo de ocorrência caracterizado pelas seguintes ações: Não cria antecedentes criminais, não dá direito de prisão e trabalha com acordos e é utilizado também nas ocorrências fora do âmbito doméstico.
Todo esse elevado índice corresponde na maioria das vezes à violência domestica que são de vários tipos como; o chingamento seguido de espancamento com graves ou leves lesões corporais, ameaças e o estupro, que acontece geralmente fora do ambiente doméstico. Não se incluindo nesses elevados percentuais de violência as mortes, pois nos seus relatos a senhora delegada considera esse numero hoje muito baixo, quase nulo devido a maior assistência em que dispõe a mulher. No entanto, ela não deixa de ressaltar o que aconteceu não só aqui na cidade do Crato mais em toda a região que foi os vários casos de mortes de mulheres ocorridos no inicio dos anos 2000 o que acabou fortalecendo a ideia de por em pratica projetos que antes só existia no papel (delegacias), juntamente com os grupos de organização na luta contra a violência feminina.
De certa forma pode-se observar diante dos fatos citados que houve uma diminuição do número de mortes, porém os índices de violência doméstica contra mulher permanecem quase que inalterados, pois algumas ainda vivem sob tutela dos seus maridos, ou seja, são donas de casa sustentadas pelos mesmos e se sentem obrigadas a aceitar as condições impostas por eles. Então nesse caso o que podemos ressaltar é que a vida sociocultural, o tradicionalismo e o paternalismo ainda são algumas das questões que impedem as mulheres de enfrentar denúncias e procurarem as medidas que as protegem contra a violência. 

VIOLÊNCIA INTERPESSOAL COTIDIANA

A cidade de Crato vem sendo colocada hoje pelas autoridades policiais como sendo uma das cidades mais violentas do cariri, onde todos os dias são registrados várias ocorrências desde pequenas discussões até atingir um patamar mais grave, quando há a incidência da tentativa ou a própria lesão física em si contra a vida de alguém, que nos casos mais generalizados levam a morte caracterizando os altíssimos números de homicídios na cidade e respondendo assim pelos altos índices de violência, principalmente no maior bairro da cidade que segundo o escrivão chefe da policia civil, o senhor Mário Gomes, menciona o bairro Seminário como liderança no número de ocorrências.
Diversos fatores contribuíram para a ocorrência de tantos fatos violentos na cidade, tanto de caráter socioeconômicos quanto políticos, que segundo as autoridades policiais tais fatos são de certa forma, em algum momento, devido a má distribuição de renda e também a ausência de políticas públicas sociais capazes de atenderem as necessidades da população menos favorecida que acaba ingressando no mundo das drogas e termina cometendo crimes como forma de conseguir aquilo que o poder público não lhe garante de fato, como moradia de qualidade, emprego, dentre outros aspectos importantes para que se tenha uma melhor qualidade de vida.
Outro ponto importante que vale salientar é que o delegado da 19° Delegacia de Policia Civil, Flavio Santos, cita, segundo o blog do Crato, o Bolsa Família como exemplo, pois dizendo ele, desde quando o programa foi implantado verifica-se lenta queda nos índices de criminalidade, embora ainda não apareça nas estatísticas do crime. Com isso na cidade entre 2009 e 2010 os casos de violência diminuíram significativamente, no entanto ainda continuam preocupantes e não deixam de caracterizar a cidade como sendo uma das mais violentas da região.
Este é um assunto que se deve ter toda uma atenção especial, pois se trata de uma das questões mais discutidas e presentes nos dias atuais que é a violência interpessoal cotidiana, isso tudo ficou provado durante a vizita que fizemos a delegacia do Crato onde obtivemos muitas informações acerca desse problema que tanto assusta a sociedade em que vivemos.
Neste departamento podemos perceber o alto índice de ocorrências que estão diretamente ligados à violência, sendo que o número de homicídios apresenta-se de forma assustadora, principalmente quando aliado ao trafico de drogas, que consequentemente é sempre destacado pelos especialistas como o principal responsável pelo alto percentual de violência na cidade, inclusive, apontam o bairro Seminário como o primeiro em registro de ocorrências justamente por ser uma área bastante extensa, onde há uma maior circulação de drogas o que acaba tornando aquela localidade o lugar mais violento do município. Alem desse fator a policia ressalta ainda a questão das desigualdades sociais como outra realidade que acaba contribuindo para o aumento desses números.
O trabalho desenvolvido pelo Ronda do Quarteirão tem a sua importância, na medida em que desde a sua vinda para a cidade alguns números diminuíram, porém vale salientar que apenas retardam os acontecimentos, depois voltam a ocorrer normalmente como se não houvesse um policiamento extra. Isso se deve ao fato, segundo o escrivão chefe, de a sociedade que temos não apresentar-se preparada para estar diante de um policiamento como a do Ronda, que é uma policia apassivadora, ou seja, uma polícia preparada para lidar com pessoas, com cidadãos, para resolver pequenas situações e não para lidar com bandidos, por isso que tem aumentado os boletins por desacato.
Outro ponto importante mencionado por ele é que a expressão Quarteirão nada mais é do que uma expressão fictícia, isto é, ela não cobre apenas o quarteirão e sim vários outros bairros, o que dificulta sua ação para coibição dos crimes. Relatou ainda que não só o trabalho deles, mas de todo o policiamento tem total importância na inibição e prevenção e que solução desse problema não está apenas nas operações policiais e sim na sociedade como um todo, apontando a falta de uma educação de qualidade como a principal responsável por toda essa situação que o país se encontra hoje, para ele deveria pensar mais na base da educação das nossas crianças, para que no futuro não tenhamos que prendê-las porque não educamos da maneira correta, e assim possamos ter verdadeiros cidadãos que saibam viver em sociedade.  
De acordo com os dados cedidos pela delegacia a contabilidade do número de homicídios registrados nos últimos três anos pode ser melhor verificada nas tabelas abaixo e posteriormente no gráfico :


DEPARTAMENTO DE POLICIA DO INTERIOR - DPI
19° DELEGACIA REGIONAL DE CRATO
19° REGIÃO – CRATO CE – SEDE                         ANO REFERÊNCIA 2009

JAN
FEV
MAR
ABR
MAI
JUN
JUL
AGO
SET
OUT
NOV
DEZ
TOTAL
HOMICIDIO DOLOSO
4
2
8
2
5
6
4
2
5
4
0
6
48
HOMICIDIO CULPOSO
0
2
0
3
2
2
0
1
2
2
4
2
20
HOMICIDIO/MULHER
0
1
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
2
TENT. DE HOMICIDIO
2
3
0
4
3
1
5
2
1
1
1
4
27
LESÃO CORPORAL
13
24
15
20
17
10
37
16
23
14
14
28
231

DEPARTAMENTO DE POLICIA DO INTERIOR - DPI
19° DELEGACIA REGIONAL DE CRATO
19° REGIÃO – CRATO CE – SEDE                         ANO REFERÊNCIA 2010

JAN
FEV
MAR
ABR
MAI
JUN
JUL
AGO
SET
OUT
NOV
DEZ
TOTAL
HOMICIDIO DOLOSO
2
1
7
2
3
5
1
2
5
2
3
5
38
HOMICIDIO CULPOSO
1
0
1
1
2
2
0
0
2
2
5
1
17
HOMICIDIO/MULHER
1
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
0
3
TENT. DE HOMICIDIO
2
3
1
0
1
1
2
3
6
0
3
3
25
LESÃO CORPORAL
13
16
16
13
10
15
48
14
19
13
37
23
237

DEPARTAMENTO DE POLICIA DO INTERIOR - DPI
19° DELEGACIA REGIONAL DE CRATO
19° REGIÃO – CRATO CE – SEDE                         ANO REFERÊNCIA 2011

JAN
FEV
MAR
ABR
MAI
JUN
JUL
AGO
SET
OUT
NOV
DEZ
TOTAL
HOMICIDIO DOLOSO
1
3
1
4
2








HOMICIDIO CULPOSO
5
1
1

3
1








HOMICIDIO/MULHER
0
0
0
0
0








TENT. DE HOMICIDIO
1
0
1
0
1








LESÃO CORPORAL
24
21
24
20
17









OBS: Os números referentes ao ano de 2011 correspondem apenas a uma somatória das ocorrências até o mês de Maio.



De acordo com os dados acima apresentados confirma-se o que foi dito pelas autoridades policiais. Realmente a cidade possui números bastante significativos que caracterizam a mesma como sendo uma das mais violentas da Região Metropolitana do Cariri, mesmo quando se for observar com detalhe a quantificação do número de delitos nos últimos três anos, onde houve uma leve queda, no entanto ocorreu um aumento no número de lesão corporal que já se encontrava altíssimo.
Para fins de melhor entendimento observa-se no gráfico referente aos homicídios que o número dos de caráter doloso (aquele que se tem intenção de matar), em 2009 foi de 48, 2010, 38 e 2011 não houve um total estipulado para os doze meses do ano para que se tenha uma melhor análise da situação. Os homicídios culposo (aquele que não se tem a intenção de matar) registra-se que em 2009 foi de 20 o número total de vítimas, em 2010, 17 e em 2011 o mesmo caso anterior. E por último os homicídios contra mulher, de modo que os números confirmam o que nos disse a delegada da DDM de Crato, Fernanda Gomes, onde falou a mesmo que se trata de um valor, que na atualidade é muito baixo, quase nulo. Porém, o que se tem de preocupante são os casos de lesão corporal que se mantém em números elevadíssimos.
Algo que é importante observarmos ainda diante dos números apresentados é que a quantidade das ocorrências de homicídios de caráter doloso nos dois primeiros anos ao qual se refere a nossa análise teve maior contabilidade justamente àqueles ocorridos no mês de Março, fato este que coincide com a Semana Santa. Já em 2011, onde foi nos apresentados valores até Maio observa-se também a coincidência com a Semana Santa que este ano foi no Mês de Abril. Dessa forma, em nossa opinião são estes pequenos detalhes que devem ser levados em consideração para que se tenham soluções eficazes na tentativa de coibir e evitar tais acontecimentos que quase se repetem a cada ano.
Portanto, o que termos a considerar diante da pesquisar feita, é que estes números aumentam e diminuem gradativamente e que na verdade é impossível de ser resolvido apenas com trabalho policial, que é paliativa, ou seja, apenas tira de circulação o individuo que esta causando transtorno a sociedade. Só que em outro momento volta a ocorre os mesmos problemas, isso porque o sistema penitenciário no Brasil como um todo, não recupera mentes criminosas, não os reinserem como cidadãos na sociedade, pelo  contrario, trata-se de uma “fabrica de delinquentes”.  E em nossa cidade não poderia ser diferente onde os presos são “jogados” em condições sub-humanas.

CONCLUSÃO
     
Com toda essa analise percebemos que a violência esta cada vez mais presente no nosso cotidiano a cada dia presenciamos novos fatos em nossa vida que contribui para que esses números aumente, o que acaba agravando ainda mais a situação, causando danos irreparáveis para toda a sociedade.
 E tendo em vista que a violência trata-se de um fator histórico que sempre existiu na sociedade desde época de Abel e Caim, deveria o poder publico, já que não dar condições necessárias seja de treinamento ou de estrutura física para que a policia realmente antes da apreensão faça um trabalho de prevenção dos atos violentos, evitando assim o inchaço nas cadeias publicas, penitenciarias, como falou Mario Gomes, investir no sistema educativo de qualidade. Pois a solução mais adequada para a momento que estamos vivenciando seria educar as nossas crianças, voltar as nossas atenções para elas que são o futuro da sociedade e que representam pela a fragilidade, a porta aberta para o mundo que lhe for mais bem apresentado. Onde elas possam ocupar suas mentes com boas ações, com esporte, isto é, ações que realmente lhes deem prazer evitando que elas conheçam o mundo das coisas ilícitas tão cedo sem ter força ou maturidade para recusar.
Tudo isso que foi dito tem total importância, ainda mais quando aliados também a programas sociais que venha melhorar a renda das famílias para que não se sintam obrigadas a entrar no mundo do crime por falta de algo que lhe garantam melhor qualidade de vida.
Então nesse caso não adianta ficar pesando no futuro enquanto ele está em nossas mãos, ou seja, o futuro é aqui e agora e depende de cada um de nós e de uma educação de qualidade. Só assim amenizaremos de forma qualitativa os lamentáveis índices de violência.        

REFERÊNCIAS  BIBLIOGRÁFICAS
  
Conselho da Mulher da Região do Cariri Cearense, Fórum de Mulheres da Região do Cariri Cearense.     
OLIVEIRA, Maria Coleta. Demografia da exclusão social. Cap. 8 – Epidemiologia da Violência. Ed. UNICAMP; São Paulo; 2001.
Fontes:
http: //WWW.crato.org/chapadadoararipe/?p=42691
Departamento de Policia do Interior – DPI; 19° Delegacia Regional de Crato-CE.
Delegacia de Defesa da Mulher do Crato/CE – DDM
Jornal do cariri de 29/03/2011         

Graduandos do Curso de Geografia do IV – Semestre
Disciplina – Geografia da População
Professor – João Ludgero Sobreira Neto