DEGEO

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8 de ago. de 2011

O MITO DO SEXO FRÁGIL: AS MULHERES GANHAM ESPAÇO NO MERCADO DE TRABALHO DE JUAZEIRO DO NORTE


Gilson Ferreira Pereira*


Introdução


O presente artigo visa um estudo sobre a demografia feminina como o conhecimento sobre a história da mulher ao longo dos anos, suas lutas e sua história. A palavra demografia significa Demo- povo; Grafia- estudo, ou seja, Demografia é o estudo do povo/população, pois com base para o entendimento desse estudo foi escolhido à cidade de Juazeiro do Norte Ceará, foi através da observação a respeito da importância da mulher no mercado de trabalho, ou seja, em especial o comercio da referida cidade que  pretendemos entendermos um pouco da dinâmica feminina que o Munícipio de Juazeiro do Norte se encontra, foi feita algumas entrevistas com algumas funcionárias do comercio varejista, foi usado desde pesquisas bibliográficas como perguntas e pesquisas na internet. No presente artigo pretendemos analisar este processo de modo a buscar como elas dividem suas atividades família e trabalho, mostrando a grande dificuldade que muitas mulheres passam em determinadas situações quando diz respeito a trabalho.
A mulher começou a mostrar que tem capacidade, através de sua competência, criatividade e maneira de encarar as dificuldades e desafios. Segundo dados do IBGE ‘’A tendência de aumento de mulheres no mercado de trabalho foi observada em todas as regiões, com destaque para os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Ceará e Piauí que registraram, em 1999, taxas de atividade femininas mais elevadas que a média. A taxa de atividade rural também é bem maior que a urbana, embora, na década, a rural tenha caído (de 72,5% para 70,7%) e a urbana tenha crescido (de 52,5% para 58,6%).’’
No Brasil a expectativa de vida nas últimas décadas tem se ampliado. A expectativa de vida do brasileiro é de 73, as mulheres viviam em média 77 anos, enquanto os homens 69,4 anos, esse aumento na expectativa também se deve a melhorias na qualidade médico sanitária
da população em virtude do processo de urbanização.

Um pouco da história feminina   
 
A conquista da mulher por um espaço no mercado de trabalho em meio a tantas dificuldades não é uma conquista recente, começou de fato com a I e II Guerras Mundiais (1914-1918 e 1939-1945, respectivamente), quando os homens foram para as frentes de batalha e as mulheres passaram a assumir os negócios da família, e a posição dos homens no mercado de trabalho, elas passaram a cumprir obrigações que antes eram apenas privilégios do sexo masculino. Frente a isso as mulheres sendo obrigadas a trabalhar para sustentar seus filhos, eram inevitáveis à exploração da jornada de trabalho que eram em torno de 14 a 18 horas sem contar com a diferença de salários. A explicação a respeito disso era que, o homem era quem sustentava a mulher, dessa forma ela estava sujeita a ganha menos. Havia algumas atividades que as mulheres exerciam dentre as principais atividades realizadas, destacam-se: a fabricação de doces por encomendas, o arranjo de flores, os bordados e as aulas de piano. Além de serem pouco valorizadas essas atividades eram mal vistas pela sociedade, o que dificultava qualquer participação  e conquista das mulheres por um espaço.
Para as mulheres a década de 1990 foi marcada pelo fortalecimento de sua participação no mercado de trabalho e o aumento da sua responsabilidade no comando das famílias. A mulher, que representa a maior parcela da população, viu aumentar nesta época, o seu poder aquisitivo, o nível de escolaridade e conseguiu reduzir a diferença salarial em relação aos homens. No início deste século, o comércio e as fábricas passam a absorver cada vez mais a mão-de-obra feminina, passam a trabalhar juntas ao homem e criam-se também as leis como  a criação da lei  Maria da Penha foi uma conquista inédita para as mulheres nesse  século.

A mulher do século XXI

Durante grande parte da História do Brasil, as mulheres não tiveram participação na política, pois a elas eram negados os principais direitos políticos como, por exemplo, votar e se candidatar. Somente em 1932, durante o governo de Getúlio Vargas, as mulheres conquistaram o direito do voto. Também puderam se candidatar a cargos políticos. Elas vêm desempenhando um papel muito mais relevante do que os homens no crescimento da população economicamente ativa. Em 2000, Brasil já tinha mais mulheres do que homens. E essa diferença está ainda maior em 2010, revela o Censo 2010. A diferença entre o número de mulheres e homens na população aumentou nos últimos 10 anos, informou nesta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou os primeiros resultados definitivos do Censo 2010, realizado entre agosto e outubro de 2010, em 5.565 municípios brasileiros.
Elas estão se especializando, através de estudos e qualificação profissional, promovendo assim, um melhor planejamento familiar e conquistando maior respeito e admiração, pois estão cada vez mais conquistando uma posição atuante, dentro e fora de casa. Atualmente, há 96 homens para cada 100 mulheres. Em 2000, eram 96,9 para casa 100 mulheres. No total, o Censo contabilizou 97.348.809 mulheres e 93.406.990 homens no País. Em 2010, a população feminina brasileira ultrapassou em 3,9 milhões a masculina.
A diferença entre homens e mulheres, no entanto, não reflete o número de nascimentos. Hoje, nascem mais meninos que meninas nas maternidades. Essa relação, entretanto, muda na faixa dos 25 anos. A explicação: os homens estão mais expostos à violência e morrem mais jovens.

As mulheres e o mercado de trabalho de Juazeiro do Norte

A cidade de Juazeiro do Norte situada na região do Cariri vizinho aos municípios de Crato e Barbalha tem uma população de 249.936 habitantes, segundo dados do IBGE do censo de 2010. A população masculina é de entorno de 118.395 e a feminina de 131.541. No que diz respeito ao aumento populacional das mulheres no comercio de juazeiro do norte é notável em quase todos os estabelecimentos comerciais boa parte do numero de empregados é composta de mulheres, nas principais ruas de Juazeiro do Norte onde o comercio é o ponto crucial da economia local, elas estão inseridas em todos os ramos e funções. Diante de algumas entrevistas realizadas com algumas funcionarias do ramo de calçados e confecções pode-se constatar que as mesmas estão satisfeitas com seus empregos, muitas delas falaram que antes era mais complicado arrumar emprego. Foi observado  em muitas lojas da cidade que as mulheres são maioria, praticamente não se tem homens em algumas lojas, os empregos na indústria e na construção civil são essencialmente masculinos, sendo insignificante o percentual das vagas ocupadas pelas mulheres, em particular, neste último setor. No setor industrial, a presença feminina é bem menor que a masculina e apenas no comercio onde a presença da mulher é, historicamente significativa, há relativamente mais mulheres que homens trabalhando. Mas há também uma questão meio contraditória, o salario de algumas empregadas é mais baixo do que o salário dos homens, muitas delas trabalham sem registro na carteira. As mulheres que trabalham e têm suas carteiras assinadas ocupam cargos ou postos de trabalho mais desqualificados do que os homens e nas funções de menor prestígio Social. Segundo a revista SEU MUNDO:
Questões afetivas sempre estiveram profundamente ligadas à existência da mulher. Carinho, zelo, paciência, sentido de serviço, compaixão... Qualidades que por um lado podem dar conotação de fraqueza são na verdade a grande prova de poder e força da mulher. “Quando consideramos que mãe é quem estabelece a atmosfera do lar, vemos que é imperativo que toda mulher reconheça e cultive os dons singulares que lhe são naturais — a postura calma de um coração espiritualmente enriquecido, uma confiança tranquila e a capacidade para influenciar de modo bondoso aqueles a quem ama. Seu marido, seus filhos e até sua carreira serão afetados pela sua capacidade de transmitir o que tem de melhor àqueles que influenciam”. ( revista Seu mundo )

Devido a real situação que muitas vivenciam muitas delas não se preocupam com isso, algumas tem filhos e precisam de alguma forma ganhar dinheiro para sustenta-los. O mercado de trabalho é bem concorrido, em algumas áreas faltam profissionais qualificados para ocuparem cargos que exigem experiência.
Como sabemos na sociedade capitalista o espaço é complicado e excludente, dessa forma muitos das mulheres estão se especializando cada vez mais, para se ter uma ideia o numero de mulheres que cursam nível superior nas Universidades e Faculdades de Juazeiro do Norte e bem significante, elas não são mais vistas como sexo frágil, pelo contrario estão em constante evolução e superação, inovando e ganhando espaço. A sociedade, atualmente, apresenta várias oportunidades de crescimento profissional.

Conclusão

O  crescimento das mulheres no mercado de trabalho de Juazeiro do Norte torna-se um fator importante para compreendermos o espaço em nossa volta, a mulher deixa de assumir aquele papel de dona de casa e passa a enfrenta de igual para igual o homem quando falamos em trabalho, a mulher mostra-se que está em constante evolução, e não é mais vista como um sexo frágil, essa visão de que a mulher é sexo frágil torna-se um mito em pleno século XXI.
Como presenciamos no cotidiano as mulheres estão cada vez mais adquirindo mais aperfeiçoamento, a expansão de escolaridade e o ingresso nas universidades viabilizaram o acesso das mulheres a novas oportunidades, oportunidades essas que superam ate mesmo o sexo masculino.
Desde o início dos tempos os homens sempre dominaram todo que vinha em sua frente, devido a sua força física. Esse domínio machista é quebrado e a mulher passa a ganhar espaço e meio a sociedade, para se ter uma ideia do poder do sexo feminino, podemos constatar a nova Presidente da Republica, que foi considerado como um marco na história das mulheres como a primeira Presidente feminina eleita na historia do país.
Assim diante das questões levantadas e analisadas podemos observa a grande importância da mulher tanto nas questões de trabalho como uma batalhadora de casa, afinal as mulheres tanto trabalham como tem  seus afazeres domésticos, como cuida da casa dos filhos, do próprio marido, somente elas sabem  como é difícil conciliar varias tarefas, uma vez que são elas as responsáveis para o crescimento demográfico da população em geral.

Referências

http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pme_mulher/Suplemento_Mulher_2008.pdf acesso em 30 de junho de 2011
http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/0404sintese.shtm  acesso em 30 de Junho de 2011
http://brasil.ogenial.com.br/ceara-juazeiro-do-norte as faculdades crescem... acesso em 30 de junho de 2011
http://artigos.netsaber.com.br/resumo_artigo_4029/artigo_sobre_a_evolucao_da_mulher_no_mercado_de_trabalho  acesso em 03 de julho de 2011
Coleção cadernos da EJA: Mulher e Trabalho pdf.
Revista Seu Mundo Cristão ANO I - NÚMERO 01 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA - UMA PUBLICAÇÃO DA EDITORA MUNDO CRISTÃO
Milton Santos: Técnica espaço tempo – Globalização e meio técnicocientífico-
informacional

Graduando do Curso de Geografia do IV – Semestre
Disciplina – Geografia da População
Professor – João Ludgero Sobreira Neto

2 comentários:

  1. realmente as mulheres não são mais o sexo frágil, cada vez mais elas estão obtendo parte digna na sociedade. o seu trabalho foi demais, porq abordou um tema muito questinante.
    valeu!!!!!!!!!

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  2. Atualmente as mulheres estão mais concintes do seu lugar na sociedade!!!!!!!!!!!!!!!!

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